Vermelhos e amarelos “mataram” o dérbi

União de Algés, 0 – Sporting de Linda-a-Velha, 1

Certamente ninguém pensaria que o encontro entre o União de Algés e Sporting de Linda-a-Velha terminaria da forma como terminou. Quatro vermelhos, dois para cada lado, no entanto, um deles para um jogador que estava sentado no banco, decorriam 31 minutos de jogo.

Num lance perfeitamente normal, alguns jogadores desentenderam-se junto ao banco dos linda-a-velhenses, “sururu”, que deu em empurrões, uma agressão mútua, e dois cartões vermelhos, o directo a Semedo (sentado no banco), o outro depois de um segundo amarelo ao algesino Bruno, com o União de Algés a ficar reduzido a dez unidades.

Tudo isto seria evitável se o (Hugo) Proença dos distritais tivesse agido logo no início, mostrando a cartolina amarela quando devia. Mas não, quis imitar no seu homónimo da Liga principal do futebol nacional, e depois entrou numa autêntica bagunça de amarelos e vermelhos, matando o dérbi, que até à meia hora de jogo estava a ser interessante, com ambos os emblemas a mostrarem um futebol agradável.

Dois minutos depois, e com o União de Algés a jogar em inferioridade numérica, o Sporting de Linda-a-Velha chegou ao golo que acabaria por ditar o vencedor do encontro. Bola lançada para o meio da defesa algesina, com os centrais de Paulo Vieira a não serem lestos para evitarem a entrada de João Lopes, que apenas com o guardião Álvaro pela frente, introduziu a bola nas redes do União de Algés sem qualquer dificuldade, quando o relógio marcava 33 minutos de jogo.

Em cima dos 45 minutos, Hugo Proença voltou a fazer das suas ao expulsar o n.º 11 de Carlos Magalhães, numa entrada que deveria ser amarelada, ficando o jogo empatado em número de jogadores em campo.

O intervalo acabou por não fazer bem a nenhuma das duas equipas, tornou-se ainda mais quezilento, com faltas atrás de faltas, umas bem admoestadas, outras mal, muitos amarelos, cerca de uma vintena ao longo dos 94 minutos, que juntamente com outro vermelho directo (por palavras) ao capitão algesino Márcio, acabou por assassinar o primeiro dérbi oeirense da época.

Nota para o central Saramago (União de Algés) que desperdiçou duas excelentes oportunidades para marcar, a primeira ainda com o resultado em 0-0, cabeceando para as mãos de Paulo, depois a 7 minutos do final, a cinco metros da linha de golo, na frente do mesmo Paulo, fez um remate de pólvora seca para as mãos do guardião de Linda-a-Velha.

Desculpem-se os doutos senhores da arbitragem da associação lisboeta, mas juízes como este devem arbitrar apenas jogos entre solteiros e casados. Hugo Proença fez um mau trabalho, prejudicando ambos os emblemas, não soube agir quando devia, depois foi o fim, do jogo, e dele próprio. Erros admitem-se, mas dualidade de critérios para os mesmos erros já não são admissíveis. Foi o que aconteceu com o dito homónimo de Proença na tarde de domingo no Campo Simões Alves, em Algés.

União de Algés – Álvaro; Diogo, Saramago, Márcio, vítor, Djeu, Bruno, Maki, Frederico, Mário e Flávio. Jogaram ainda: Telmo, Joel, Pina e Julinho.

Sporting de Linda-a-Velha – Paulo; Barros, Tim-Tim, Duque, Vata, Café, João Lopes, João magalhães, Figo, Fábio e António. Jogaram ainda: Fuinha, Aniceto, Nani, Campos e André.